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regente e percepção musical

Doutor em Música pela Unicamp, Marcello Stasi, iniciou sua carreira aos vinte anos de idade vencendo um concurso nacional de regência e se apresentando à frente de uma das mais conceituadas orquestras da América Latina: a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Tendo estudado no Brasil com Eleazar de Carvalho, Fábio Mechetti e Henrique Gregori, transferiu-se para os Estados Unidos onde se graduou com louvor em regência pela Universidade de Cincinnati na classe do maestro Hajime Teri Murai. Em seguida, conclui seu Mestrado em Música na Northwestern University (EUA) sob orientação do maestro russo Victor Yampolsky (bolsa do CNPq). Na Europa estudou com Peter Eötwos (música contemporânea), Severino Zannerini (regência de orquestra de câmara), e Sir Edward Downes (repertório romântico).

Foi regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (2006-2017) com a qual se apresentou regularmente no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, na Sala São Paulo e em diversas cidades do interior paulista. Anteriormente, atuou como regente residente da Amazonas Filarmônica e regente titular da Orquestra de Câmara de Jundiaí. Como convidado, regeu as mais renomadas orquestras do Brasil, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, a Petrobras Sinfônica (RJ) e a Camerata Fukuda. Sua experiência internacional inclui concertos com a Opera Giocosa di Trieste (Itália), a North Shore Chamber Orchestra (EUA) e a Orquestra Sinfônica de Maracaibo (Venezuela). Além de ter sido selecionado para representar o Brasil em concursos internacionais de regência na França (Besançon) e Reino Unido (Donatella Flick), foi vencedor por duas vezes (1985 e 1991) do Concurso Jovens Regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, e recebeu, em 2001, o Prêmio Maestro Eleazar de Carvalho outorgado pela Orquestra Petrobras Sinfônica.

Ao longo de sua carreira trabalhou ao lado de renomados solistas como Fabio Zanon, Edson Elias, Charles Siem, Mônica Salmaso, Antonio del Claro, Adriana Clis, Gabriela Pace, Adelia Issa, Emanuelle Baldini, Niza de Castro Tank, Nahim Marun, Fabio Martino, Martin Mühle, Marcelo Barbosa, Claudio Micheletti, Ana de Oliveira, Fernanda Canaud, Clelia Iruzun, Charles Siem, Regina Helena Mesquita, Daniel Guedes, Radegundis Feitosa, Nailson Simões, Vanessa Rodriguez Cunha, Claudio de Brito, Luiz Garcia, Alexandre Ficarelli e Fabio Cury.

Foi professor de regência e composição da Universidade Estadual de Maringá, tendo também lecionado estas matérias na Universidade Federal do Espírito Santo (2007), na Faculdade Souza Lima (SP, desde 2015) e na UNESP (2009). Como compositor teve sua obra Canoada apresentada na Sala São Paulo e na programação do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Foi o responsável por diversas encomendas e estreias de obras de compositores contemporâneos incluindo o Concertino para Viola Caipira de Neymar Dias, Fantasia para Luiz Gonzaga de Guilherme Ribeiro e obras de Felipe Senna, Patricia de Carli e Jaime Alem. Divulgador do repertório sinfônico brasileiro vem trazendo à tona algumas joias esquecidas deste repertório como o balé O Espantalho (1938) de Francisco Mignone e a Sinfonia Militar de João Gomes de Araújo (1923). Em 2013, estreou no Brasil com grande sucesso a obra The Composer is Dead do compositor americano Nathaniel Sootkey na Sala São Paulo e em duas séries de concertos didáticos em São José dos Campos e no Festival de Campos do Jordão. Além da regência e composição, também se dedica à pesquisa e à musica de câmara, tocando o traverso (flauta barroca) em grupos especializados na execução do repertório dos séculos 17 e 18. Paralelamente à sua produção como músico erudito, recentemente deu início a uma produção como compositor popular.